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Comitês Técnicos

Comitê de Quantificação de Incertezas e Modelagem Estocástica

Apresentação

Data de Criação: 2008

Histórico:

A proposta de Comitê de Incertezas e Modelagem Estocástica foi formulada na PUC-Rio durante um Seminário do mesmo nome realizado de 4 a 8 de agosto de 2008 no âmbito de um projeto do programa Pró-Engenharias da CAPES. Nesta proposta são apresentados a composição do comitê organizador, os objetivos, a justificativa e as metas para os primeiros dois anos.

Objetivos

O Comitê terá por objetivo desenvolver, no Brasil, de forma sistemática, a área de Dinâmica e Controle Estocásticos enfatizando a quantificação de incertezas e, assim, disseminando novas ferramentas robustas de análise e de projeto. O contexto será principalmente o de estruturas flexíveis, que encontra aplicações, entre outras, em veículos automotores, aeronaves e estruturas off shore. Na dinâmica de um sistema as incertezas aparecem de várias maneiras distintas: devido às condições externas (condições ambientais, por exemplo), através de incertezas nos parâmetros que caracterizam o sistema (variações de propriedades de materiais e de geometria), através de incertezas no modelo (limitações das teorias utilizadas para desenvolvê-los) e incertezas de observação (sensores têm limitações e montagens experimentais têm influência sobre o comportamento dinâmico). Há incertezas redutíveis e não redutíveis. A modelagem da incerteza usando métodos como a máxima entropia, a discretização de campos estocásticos com a decomposição de Karhunnen-Loève e Polinômios de Caos e os solvers estocásticos intrusivos e não intrusivos (Monte Carlo, Polinômios de Caos, etc.) são temas ligados aos métodos estocásticos que podem contribuir para o estudo de modelos mais próximos da realidade e que expliquem a variabilidade encontrada em exemplares de um produto nominalmente igual.

Justificativa

Uma melhor interação da comunidade científica nacional é uma condição necessária para assegurar o desenvolvimento mais rápido e harmonioso do país. Esse sempre foi um dos anseios da comunidade científica brasileira e já acontece em outros países. A economia mundial oferece hoje uma janela de oportunidades para a engenharia brasileira. A pesquisa e desenvolvimento nas empresas se tornaram caros nos países desenvolvidos e ainda é incipiente nos países emergentes que vêm dominando a produção de produtos de massa, como é o caso da China e Índia. Isso dá a oportunidade para que países como o Brasil, com estágios de desenvolvimento intermediário, de assumir a função de pesquisa, desenvolvimento e inovação em áreas tradicionais da indústria, tais como a automobilística, a de petróleo, a aeronáutica e a de produtos eletrodomésticos. Entretanto, para aproveitar a oportunidade, precisamos de grande número de engenheiros com sólida formação em física matemática e processos estocásticos. Como nas últimas décadas a indústria contratou e valorizou mais os engenheiros com perfil de gestores, não houve incentivo para que os alunos de engenharia se dedicassem às disciplinas com maior aprofundamento teórico. Por isso temos hoje urgência na formação de profissionais com este perfil. Isso pode ser feito mais rapidamente na pós-graduação, mas também nos programas de iniciação científica. A criação de um comitê científico na área de incertezas e mecânica estocástica pode acelerar o processo de formação de massa crítica mais consistente na área.
Como já é bem sabido, a formação típica do estudante brasileiro é inadequada, como mostram bem os resultados do PISA. O reflexo dessa inadequação nas universidades é dramático, pois compromete o nível dos cursos. Por outro lado, com a globalização crescente, com os desenvolvimentos tecnológicos com base em conceitos cada vez mais abstratos e necessitando de conhecimentos de Física e Matemática que não são dominados pelos nossos engenheiros (física quântica para aplicações em nano-tecnologia, por exemplo), é necessário formar melhor os nossos engenheiros para que possam competir, sem desvantagens, no mercado internacional e, principalmente, desenvolverem produtos que venham a enriquecer o Brasil, tal como já aconteceu nos países que participaram das revoluções industriais, começando com a Inglaterra no século XVIII.
O objetivo do comitê será de motivar os estudantes a se capacitarem, mostrando, através de seminários, cursos, produção de material didático, intercâmbios e orientação efetiva, quais são os problemas de interesse tecnológico e dando ferramentas para que eles possam resolvê-los.
Os maiores esforços serão, portanto, empregados na organização de seminários, organização de mini-cursos com professores visitantes e locais e intercâmbio de estudantes. Além disso, serão promovidos estudos do tipo “Round Robin”.

Metas para os dois primeiros anos

Organização de seminários: Organizar um mínimo de dois seminários anualmente, sendo um seminário e uma sessão técnica num evento científico, preferencialmente da ABCM.
Literatura especializada: Organizar pelo menos três mini-cursos e um livro sobre quantificação de incertezas e disponibilizá-los para a comunidade.
Organização de um estudo do tipo “Round Robin” na área de quantificação de incertezas em dinâmica de estruturas.
Criação de disciplinas: Propor novas disciplinas regulares nos programas de pós-graduação voltadas para o tema do projeto.






















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