O Congresso
Brasileiro de Engenharia Mecânica - COBEM - é,
sem dúvida, o principal e mais tradicional evento na área
de Engenharia Mecânica realizado no Brasil. Este congresso bienal
patrocinado pela Associação Brasileira de Ciências
Mecânicas - ABCM - já tem uma história de quase trinta
anos. Seu objetivo é reunir profissionais do meio acadêmico
e industrial para, através da apresentação de trabalhos
técnicos, palestras, exposições e conversas informais,
discutir os principais avanços e tendências da Engenharia
Mecânica e áreas correlatas.
A Faculdade
de Engenharia Mecânica da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
- aceitou a honrosa incumbência de organizar o XV COBEM. A
cidade escolhida foi Águas de Lindóia e o período
de 22 a 26 de novembro de 1999. Com o objetivo de catalisar
a criação e o fortalecimento de grupos de pesquisa no país
e aumentar a participação nas sessões técnicas
do XV COBEM, propusemos a organização do congresso
na forma de simpósios.
Em
resposta a uma chamada para a organização desses simpósios,
foram encaminhadas originalmente pela comunidade vinte propostas de simpósios.
Mantivemos outras trinta sessões técnicas isoladas de modo
a cobrir todas as áreas da Engenharia Mecânica. Em função
dos trabalhos submetidos, algumas sessões técnicas foram
agrupadas na forma de novos simpósios. Com isso, o número
de simpósios passou a vinte e cinco e o número de sessões
técnicas isoladas se reduziu para quatorze.
Cada
simpósio teve seu próprio comitê científico.
Estes comitês definiram os tópicos de interesse, convidaram
pesquisadores para proferir palestras, auxiliaram na divulgação
e coordenaram o processo de revisão. Expressamos aqui nosso reconhecimento
pelo trabalho por eles realizado, bem como o dos coordenadores de revisão
das sessões técnicas. Em termos numéricos, foram ao
todo recebidos 2300 resumos, que resultaram em 1250 trabalhos submetidos,
sendo 1000 do país e 250 do exterior. Estes trabalhos foram avaliados
por mais de 800 pesquisadores, tendo sido selecionados 1047 para apresentação,
dos quais 1024 foram aceitos em sua forma final pelos autores e publicados
nos anais do congresso.
Foi
decidido, por recomendação do Conselho da ABCM, que todos
os trabalhos teriam presentação oral. Atividades complementares
foram programadas, incluindo mini cursos, mesas redondas e uma mostra paralela
de produtos e serviços. A maioria dos procedimentos foi realizada
com a utilização intensiva da Internet, desde a submissão
de resumos, troca de informações entre os autores e a comissão
organizadora, até o envio eletrônico dos manuscritos. A julgar
pelos resultados apresentados, a experiência teve êxito e será
o passo inicial para que os próximos congressos possam ser totalmente
informatizados, inclusive o processo de revisão por pares, que neste
COBEM
ainda foi feita nos moldes tradicionais.
O amadurecimento
da pesquisa feita no Brasil, já traduzida na indexação
da nossa Revista Brasileira de Ciências Mecânicas - RBCM, reflete-se,
neste COBEM, na forma de uma maior presença internacional
e no estímulo à publicação e à apresentação
de trabalhos em inglês.
As
palestras apresentadas nas plenárias e nas aberturas dos simpósios
abrangem assuntos que representam as tendências atuais nos vários
campos da engenharia mecânica e em suas interfaces com as outras
áreas, procurando localizar o papel da engenharia nas preocupações
atuais com a questão do meio ambiente e da melhoria da qualidade
de vida. Os mini cursos enfocam temas de grande interesse científico
e tecnológico apresentados por especialistas estrangeiros de renome
em suas respectivas áreas.
Como
em todo evento de grande porte, é evidente que houve falhas de organização,
pelas quais nos desculpamos. Fizemos o possível para minimizar seus
efeitos de modo a não prejudicar nossos palestrantes convidados,
coordenadores de simpósios e sessões técnicas, autores
e apresentadores de trabalhos e demais participantes.
Esperamos
que o XV COBEM fique na lembrança de todos como um evento
que lhes tenha proporcionado uma experiência marcante, não
só nos planos científico e tecnológico, mas também
nos aspectos cultural e humano. Afinal, nossa ciência e nossa técnica
só fazem sentido na medida em que contribuem efetivamente para o
desenvolvimento humano e para a melhoria da qualidade de vida em nosso
planeta.
Campinas,
Novembro de 1999
Comissão
Organizadora
Associação
Brasileira de Ciências Mecânicas
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ABCM-Divisão
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Leonardo Goldstein Júnior
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