QUESTÕES EXPERIMENTAIS DO ENSAIO ACELERADO COM ESTRESSE NA TEMPERATURA Maira M. Camargo e Álvaro José Abackerli
Resumo: Os ensaios acelerados estão sendo cada vez mais utilizados pelas empresas para garantir a confiabilidade de seus produtos, possuindo objetivos que podem ir desde o projeto, fabricação, marketing, serviço de assistência técnica até outras áreas/setores de uma empresa (FREITAS E COLOSIMO, 1997). O método de ensaio acelerado consiste em forçar os produtos para falhar mais rapidamente do que falhariam sob condições normais de uso, para gerar parâmetros característicos da vida do produto que são usados nas atividades/setores acima. A validade e a precisão das informações dos testes dependem do cuidado dispensado no planejamento e na realização dos mesmos, razão pela qual o procedimento de coleta de dados deve ser acurado, segundo um roteiro planejado. Por isso, monitorar o progresso experimental é importante porque erros de procedimento podem anular a sua validade e a dos resultados. O planejamento dos testes consiste essencialmente na escolha dos níveis de estresse, do tipo de censura, das condições físicas de realização do teste (ambiente de teste). Em Tang et al. (2002) e Yang (1994) é encontrado diferentes tipos de planos de teste. No planejamento das condições físicas dos testes são observadas também as características do componente testado, geralmente retiradas de catálogos do fabricante, além das condições disponíveis de ensaios. Contudo, apesar destes controles e planejamento é comum a presença de incertezas de medição nestes procedimentos e elas impactam de modo crescente nas decisões sobre os ensaios, gerando implicações tanto econômicas quanto na confiabilidade de produtos e processos. Tais incertezas são de mesma natureza daquelas encontradas em processos de controle da qualidade na fabricação, possibilitando por isso sua análise segundo procedimentos convencionais da qualidade trazidos por instruções normativas com o ISO GUM (INMETRO, 2003). Neste trabalho discute-se o planejamento de testes acelerados de relês sujeitos a estresse de temperatura, enfatizando-se os controles experimentais impostos ao banco de ensaios e o tratamento das incertezas de medição na definição experimental das cargas de aceleração da vida.
|